Em uma bela manhã de sábado duas amigas combinam de se encontrar para procurar uma fantasia que usariam no sábado seguinte em uma festa. Tinha o nome de duas lojas e o ônibus que as levaria de um ponto a outro, mal sabia o que lhes aguardavam...
De um lado da cidade Maria pega seu caderninho com tudo anotado e sai a caminho do metrô, do outro lado Márcia se apressa a desligar o telefone pois estava atrasada e caminha até o ponto de ônibus. De um lado quase chegando ao metrô, Maria percebe que seu caderno azul não encontra-se na big bolsa e desacreditada volta pra casa para buscá-lo, do outro, Márcia consegue perder-se no metrô atrasando-se ainda mais. Começa aí um dia de muitos infortúnios.
Encontraram-se e caminharam até a primeira loja, uma boa caminhada mas nada que mate ninguém, por enquanto. Chegaram, experimentaram algumas fantasias e enfretaram com muita coragem a dupla de super-heróis mais chata que já viram, e como se não bastasse ainda teve um segundo round na fila da reserva, agiram bravamente respondendo com muita classe a cada comentário, tentaram, mas não conseguiram deixar de rir quando um deles disse: "meu, quem tem músculo na testa?"
Maria até achou uma fantasia bacana mas tinham de tirar a prova indo na outra loja, e foram... coitadas! Ao parar no ponto de ônibus pediram informação e não tardou para que embarcassem. Onde descer? Como saber? Sim, perderam o ponto mas não desistiram! Andaram e andaram e andaram até avistarem ao longe um ponto de táxi, Márcia refutou a idéia por alguns poucos instantes, estavam a caminho, enfim.
Chegam, que decepção... fantasias lindas, preços nem tanto. Voltar pra outra loja, mas como??? Subiram a ponte, desceram a ponte, subiram a ponte, desceram a ponte e andaram, andaram como nunca tinham andado, e ao chegarem na bendita rua perceberam que ela havia sido mudada de lugar. Márcia ri a todo momento como se não acreditasse que aquilo estava de fato acontecendo. Desnorteadas, pedem informação mais uma vez, tal informação as levou para a temidaViela do Mal.
Caminhando vagarosamente elas entraram e olharam em volta, de hoje não passa! É hoje que conhecerei Papai do Céu! Os passos aceleraram, transformando-se em trote seguidos de anda, anda, anda!!!! Olhares mal-encarados as perseguiam, a Viela não tinha fim, quanto mais rápido iam maior era a distânca. Alguns passavam em suas carroças, outros conversavam entre si coisas incompreensíveis, eram delas, só podia! Os olhares não sumiam e a tensão aumentava, o fim parecia não chegar nunca. É agora, mãe te amo! Ao contrário das expecitativas passaram pela Viela e mais! Encontraram a rua que havia sido deslocada e seguiram andando, subindo até o fim da vida. Já era tarde...
Novamente estavam na primeira loja. Maria tratou de pegar sua roupa e Márcia experimentou umas outras, e como experimentou! Exaustivamente, tira peça, põe peça, pede ajuda. As duas saem satisfeitas com as aquisições e ansiosas para o fim de semana seguinte.
De um lado Maria segue o metrô esperando sua Reginoca para levá-la sã e salva para casa, do outro Márcia ainda espera o ônibus que não chega nunca!
É... ainda vão achar graça de tudo isso.
domingo, 24 de agosto de 2008
A Viela do Mal
Postado por Joana Burd às 16:44
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